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EXCLUSIVO: Presidente da Liga Nacional de Futsal destaca seu trabalho na modalidade

Foto: Marcelo Luís

Vice-presidente na gestão anterior, Cladir João Dariva, 55 anos, natural da cidade de Erechim-RS, com 10 meses na presidente da Liga Nacional de Futsal (LNF), vem revolucionando, inovando e dinamizando o futsal brasileiro. Formado em administração de empresa e pós-graduado em RH e marketing, o gestor há 18 anos é dirigente do Clube do Atlântico, de Erechim, com vários títulos, entre gaúcho, Taça Brasil, Libertadores e mundial.

Do Sul do país, Cladir Dariva, destacou com EXCLUSIVIDADE ao SPORTSMANAUS, seu trabalho realizado no desenvolvimento da modalidade, os planos para o futuro, a relação com a Confederação Brasileira de Futsal (CBFS), as transmissões das competições da Liga por canal fechado e da entidade, além de outros assuntos relacionados com a Liga.

PAULOREPORTER – O senhor na gestão anterior foi vice-presidente, isso foi importante para adquirir mais experiência no atual cargo que administra na Liga?

CLADIR – Sem dúvidas, acredito que em todas as entidades os presidentes deveriam passar um período na gestão anterior para conhecer todo o processo, facilitando a continuidade e tendo convicção das transformações necessárias. Aliás, desde a formação da Liga, faço parte da gestão, isso ajudou muito na construção do projeto para estes quatro anos de Presidência.

PAULOREPORTER – O senhor assumiu a presidência em dezembro do ano passado. Como analisa sua administração até agora na LNF?

CLADIR – Estamos no início de um trabalho que consiste em profissionalizar totalmente a LNF. Procuramos decentralizar em departamentos competentes e assim, dar uma dinâmica maior na execução, especializando suas áreas de atuação objetivando um resultado mais eficaz e de excelência. Cada dia notamos a evolução nas atividades e criatividade nos serviços realizados, objetivando o que foi proposto para os quatro anos de gestão e assim, preparar a LNF para ser uma entidade de referência nacional e internacional. O futuro promissor que vislumbramos demanda em ratificar os serviços já realizados e de uma implementação gradativa das mudanças que entendemos necessárias.

PAULOREPORTER – Em 2014 as chamadas franquias formaram a LNF, similar ao que ocorre na NBA dos Estados Unidos. Como é esse trabalho da entidade de alavancar e tornar a modalidade mais profissional?

CLADIR – Tudo é baseado no corpo de atores na Gestão da LNF, dividimos em departamentos e com pessoas altamente profissionais e especializadas nas suas funções. A diretoria preparada e com a função de coordenar todas as atividades da LNF, objetivando um trabalho totalmente profissional, transparente e criativo. Assim, teremos uma gestão totalmente profissional e transparente.

PAULOREPORTER – Como o senhor analisa o futsal da região Norte, e o que falta para as equipes chegarem ao nível das outras que participam da LNF?

CLADIR – Vejo essas regiões com grandes talentos humanos, podemos observar muitos atletas e ídolos no cenário nacional se destacando nas equipes Sul e Sudeste, mas sem dúvida os maiores entraves são o investimento e a logística.

PAULOREPORTER – A entidade tem a preocupação de fazer um trabalho de excelência na administração, primando o profissional e transparência. Isso é importante para conseguir os resultados na modalidade?

CLADIR – Hoje, observamos as entidades com problema de transparência e com dificuldade de atrair investimentos por conta disso. Nós como LNF, desde sua criação, prezamos por transparência total, gestão totalmente profissional, pois somente assim poderemos atrair a confiança de nossos franqueados e futuros investidores.

PAULOREPORTER – A Liga foi criada em 1996 pela Confederação Brasileira de Futsal (CBFS), mas em 2014 os 20 clubes das franquias, se tornaram independente, sendo uma similar do que ocorre na NBA dos Estados Unidos. Como é esse trabalho independente da outra entidade e o relacionamento entre os dois seguimentos?

CLADIR – Com a chancela da CBFS de transformarmos uma entidade independente, procuramos seguir tudo aquilo que era reivindicado pelos franqueados, transparência, profissionalismo e uma gestão criativa e competente. Nosso relacionamento é bom, mas enfrentamos dificuldades entre as entidades, pois a CBFS responde pelos federados (federações estaduais) e LNF responde pelos seus franqueados, existindo algum conflito de interesse. Aliás, os presidentes das entidades estão dialogando periodicamente para manter o melhor relacionamento possível e decisões mais consensuais.

PAULOREPORTER – Na sua opinião, o trabalho da LNF ajuda e contribui para um nível técnico melhor na composição da Seleção Brasileira de futsal quando ocorre a convocação dos jogadores?

CLADIR – A Seleção aproveita os atletas da maior competição do planeta, jogadores talentosos e competitivos como observamos na longa história da modalidade. Por ser a competição mais cobiçada no Brasil, equipes com maior investimento, por consequência atletas de alto nível, proporcionando material humano para nossa Seleção.

PAULOREPORTER – Qual sua opinião sobre a Copa do Brasil de Futsal e sua importância para o desenvolvimento da modalidade com os clubes participantes?

CLADIR – Vejo com bons olhos, é uma competição que proporciona aos clubes de menor investimento e menos conhecidos no cenário nacional uma visibilidade e oportunidade de concorrer a uma vaga na Supercopa, dando uma vaga na Libertadores e também, estar na mídia nacional.

PAULOREPORTER – As transmissões dos jogos pelo canal fechado é uma conquista e proporciona um retorno financeiro aos clubes da LNF?

CLADIR – As transmissões do canal fechado proporcionam uma visibilidade boa para nosso esporte, com um pequeno retorno financeiro, mas importante. Hoje, ampliamos nossas transmissões através da nossa Plataforma da LNFTV (internet) proporcionando um número substancial de transmissões ao vivo, dando uma opção aos apaixonados pelo nosso esporte. Também trabalhamos com transmissões no GloboEsporte.com.

PAULOREPORTER – A Liga pensa em promover outras competições como feminino e até de base para buscar novos valores no futsal nacional?

CLADIR – A LNF estuda outras competições e sua viabilidade. O Futsal feminino no futuro virá naturalmente.

PAULOREPORTER – Quais são os planos para o futuro da LNF de alavancar a modalidade em todo país e tornar mais atrativo ao público?

CLADIR – A LNF estuda uma possibilidade de uma Liga B ou algo parecido, estamos em fase de estudo e de preparação. Estamos nos aproximando das Ligas estaduais, estados não participantes da LNF e equipes que tenham identidade com sua comunidade e seu estado. Também, estamos internacionalizando a LNF, fazendo parcerias com Ligas internacionais e no futuro próximo um mundial Interclubes. Assim, esperamos novos investidores, novas equipes e uma efetiva parceria internacional.

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