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Saiba como Ancelotti pode encaixar Mbappé no Real Madrid

Da redação do Sports Manaus, com informações – LANCE – Escrito por 

Craque francês chega ao atual campeão europeu como a “cereja do bolo”

Foto: Sergei GAPON / AFP

A partida entre Real Madrid (Espanha) e Atalanta (Itália), pela Supercopa da Uefa, pode marcar a estreia de Kylian Mbappé no clube merengue. O craque francês chega ao atual campeão da Europa, que já conta com dois dos melhores jogadores do mundo na atualidade (Vini Jr. e Bellingham), na condição de “cereja do bolo”.

O encaixe do atacante na equipe, entretanto, não é tão simples quanto parece. Isso porque a entrada de Mbappé entre os titulares pode mudar as funções de jogadores fundamentais para o sucesso do clube na conquista da Champions League, como Rodrygo e Valverde.

Na última temporada, o técnico Carlo Ancelotti usou duas variações de sistemas táticos para o Real Madrid: o 4-3-1-2 (ou 4-4-2 com losango no meio-campo) e o 4-2-3-1. O primeiro foi mais utilizado no início das competições, com Valverde formando trio de meio-campo ao lado de Tchouaméni e Kroos, Bellingham atuando na função do “camisa 10”, e uma dupla de ataque com Vini Jr. e Rodrygo.

A ideia era reforçar a marcação no meio e dar liberdade para os dois brasileiros se movimentarem no ataque. Os espaços criados pela dupla da Seleção Brasileira seriam aproveitados pelo craque inglês, que tinha a função de infiltrar na área para finalizar, como um meia-atacante (ou “falso-centroavante”, a depender da visão).

A mudança no sistema tático ocorreu quando Vinícius Júnior se lesionou, em meados de novembro. Brahim Díaz e Joselu ganharam espaço entre os titulares, de acordo com o adversário, bem como o veterano Modric. Neste contexto, com um atacante mais fixo, Rodrygo foi deslocado para a ponta-esquerda e Valverde voltou a atuar como “falso-ponta” pela direita, com a função de fechar o corredor no meio-campo. Bellingham, por sua vez, ficou menos centroavante e mais meia-armador.

Caso Ancelotti inicie a temporada com o losango na formação, uma opção seria recuar Bellingham para ocupar o lugar de Kroos (recém-aposentado), e formar a trinca de meio-campistas ao lado de Tchouaméni (ou Modric) e Valverde. Rodrygo atuaria como ponta de lança, atrás de uma dupla de ataque formada por Mbappé e Vinícius Júnior que, por sua vez, teriam liberdade para se movimentar e aproximar da bola em todas as jogadas.

Com este desenho, a tendência seria que Bellingham deixasse de marcar tantos gols e passasse a atuar mais como um articulador de jogadas. Vale lembrar que o inglês foi o vice-artilheiro da equipe na última temporada, atrás apenas de Vini Jr., com 23 gols (o brasileiro marcou 24).

Por outro lado, se a escolha do treinador for o 4-2-3-1, o time deve ganhar mais possibilidades com os mesmos jogadores. Isso porque Mbappé, Vinícius Júnior e Rodrygo podem ocupar qualquer uma das três posições do ataque (ponta-esquerda, direita e centroavante). Neste caso, Valverde ficaria com a posição de Kroos, como volante, mesmo que não tenha a mesma capacidade do alemão para articular jogadas.

Na entrevista coletiva pré-jogo para a Supercopa, Ancelotti afirmou, em tom de brincadeira, que a quantidade de craques que tem à disposição “estragou” suas férias. A tranquilidade com a qual lidou com o assunto deixa a impressão de que o técnico já tem uma ideia de como encaixar o francês na equipe. Resta saber se será possível ver isso já na Supercopa da Uefa, nesta quarta-feira (14), às 16h (hora de Brasília).

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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