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“Para mim é um orgulho registrar o esporte amazonense”, disse Chinelinho com seus 35 anos de profissão

Um dos profissionais mais conhecidos do esporte amazonense, não está em campo, na quadra, na piscina, na pista ou disputando alguma partida, mas fora para registrar todos os detalhes de qualquer evento ou competição. O amazonense Gilmar Costa, conhecido como Chinelinho, 56 anos, soma 35 anos de trabalho dedicados ao esporte local.

Com 1.56 de altura, o tamanho não mede o amor pelo seu trabalho e o esporte em si, seja qual for a modalidade. Ele tem no futebol sua grande paixão sempre quando filma algum campeonato, seja amador ou profissional. Chinelinho, já foi treinador e árbitro de voleibol, além de ter trabalhado no Colégio Santa Dorotéia, na qual teve grande orgulho.

Apelido

Chinelinho com a camisa da Escola do Santos Manaus na cobertura em um dos da base (crédito: Arquivo pessoal)

Divorciado e pai Patrick Emanuel, ele revelou ao SPORTSMANAUS, como surgiu a denominação Chinelinho. Ele disse, ter sido quando era ainda muito pequeno, mas revelou que foi algo inevitável, pois herdou do seu pai.

– O apelido de Chinelinho se originou através do meu paizinho, quando trabalhava no antigo Deran. Quando ele iniciou seu trabalho usava somente um chinelo. Os colegas perguntaram para ele, porque não trabalhava mais de chinelo, enfim, daí começou tudo. É um apelido íntimo, por isso, filho de peixe, peixinho é, ou seja, fiquei como chinelinho.  

Por acaso

Registro ao lado de Bebeto, campeão do mundo pelo Brasil na
Copa de 1994 (crédito: Arquivo pessoal)

Os primeiros passos do seu trabalho, Chinelinho confessou ter sido praticamente uma casualidade, em que nada foi programado. Para ele, foi um momento especial, pois iniciou naquele momento algo, que hoje faz parte de sua vida.

– Iniciei meu trabalho praticamente através de uma brincadeira. Comprei uma filmadora, fui com meu pai para o estádio e filmei o jogo e vários jogadores. Depois disso, me pediram a cópia, vi que era boa a venda, a partir daí iniciei esse trabalho até hoje. Trabalho filmando várias modalidade, por exemplo futebol, futsal, voleibol, futevôlei, lutas, entre outros.

Especial

Um dos trabalhos realizados na cobertura do esporte amador pelos quatro cantos da cidade (crédito: Arquivo pessoal)

De acordo com Chinelinho, ele já viveu muitos momentos especiais ao longos de 35 anos registrando o esporte amazonense, mas ele destacou dois inesquecíveis vividos no saudoso Vivaldo Lima. Segundo ele, foram dois jogos que nunca mais esquecerá.

– Para mim é um orgulho registrar o esporte amazonense. O mais importante foi o jogo no Vivaldão, na decisão entre São Raimundo e Paysandu, pela Copa Norte. Outra partida histórica que participei, foi entre Cosmos e Fast Clube. Eu estava trabalhando na marquise e ela tremeu de tanta gente que tinha. Através da minha imagem, muitos atletas foram contratados do futebol amazonense para outros clubes do Brasil e até clubes estrangeiros – disse.

Esperança

Torcedor do Atlético Rio Negro Clube, o mesmo do pai, ele ja viveu muitos momentos de alegria e tristeza no futebol amazonense. Chinelinho, ainda tem esperança de uma mudança radical, pois dias melhores ainda virão para todos que acreditam na redenção do esporte local.

Chinelinho ao lado do seu pai, Antônio Prudente da Costa, que trabalhou na FAF por 23 anos (crédito: Arquivo pessoal)

– O que falta para alavancar o nosso futebol é dirigente ter amor ao Estado do Amazonas e responsabilidade no seus atos. Por exemplo, pagamento de atletas, organização anual do jogos, trabalho com categoria de base e oferecer um suporte maior e fazer um trabalho sério nos seus clubes. Lembro da Copa dos Rios, considerado um sucesso no interior, mas hoje não existe o mesmo entusiasmo como antes.

Amor

Filho de um dos maiores dirigentes do futebol amazonense, Chinelinho tem orgulho do trabalho realizado pelo seu pai, Antônio Prudente da Costa, quando atuou na área administrativa da FAF.

– Meu pai é uma lenda no futebol amazonense. Ele foi Superintendente por 36 anos da federação, trabalhando com muito amor ao esporte, onde muitos de hoje não tem, apenas só pensam em si próprio. O futebol amazonense deveria estar no Campeonato Brasileiro da Série A. O que falta é planejamento e interesse dos dirigente para mudar tudo isso.

Na cobertura do estádio mundialista, Arena da Amazônia, palco de jogos da Copa do Mundo 2014 e Rio 2016 (crédito: Arquivo pessoal)

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